
Em vez dos R$ 150 mil do ano passado para Melhor Filme, em 2011 teremos R$ 250 mil. Vou repetir: R$ 250 mil! Brasília deu R$ 80 mil, Cine Ceará R$ 16 mil e É Tudo Verdade, festival de documentários, dará R$ 100 mil, o mesmo prêmio que Paulínia reserva neste ano para docs.
Pergunto: o que acontecerá com os festivais de cinema brasileiro que costumam selecionar as produções em 35mm, geralmente orçadas entre R$ 1 e R$ 4 milhões? Como Gramado, Festival do Rio, Cine PE, Brasília e Cine Ceará vão manter sua capacidade de atração a esse tipo de cinema incentivado?
No ano passado, com a mudança de curadoria, que passou para as mãos de Sérgio Sanz e José Carlos Avellar, Gramado mudou um pouco de cara, se afastou dos flashes e se dividiu entre filmes como Bróder e O Último Romance de Balzac. Em 2010, Brasília mudou seu perfil, tentando se aproximar de um fazer cinematográfico um pouco diferente.
No ano passado, tanto o festival em Recife quanto o de Fortaleza tiveram um leque menor de opções na hora de selecionar longas-metragens. Acho que, quando Paulínia entrou no calendário de Festivais em 2008, o Cine PE foi afetado de imediato.
Como vai ficar a Première Brasil do Festival d

Estou com a sensação de que haverá uma polarização entre dois festivais. De um lado, Paulínia, com seu prêmio vultoso e uma geração de mídia muito maior do que em outros eventos. Do outro, a Mostra de Tiradentes, com sua habilidade em acompanhar um cinema cujo modelo de produção é uma alternativa ao incentivado e fomentar a reflexão sobre o cinema brasileiro.
Em que posição ficarão os outros festivais de cinema? Coadjuvantes?
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